por: Luiz Fernando de Oliveira Souza

Ética e Pesquisa - O meio de conduta
Segundo Max Weber (1864-1920), há dois tipos de ética: Ética da convicção: conjunto de normas e valores que orientam o comportamento na sua esfera privada (lei moral). Ética de responsabilidade: conjunto de normas e valores que orientam a decisão na vida pública (lei da eficácia). E o conjunto das duas, se torna necessário para uma pesquisa completamente apta a ser divulgada. Há uma comunidade científica onde se estabelecem os princípios éticos. Essa comunidade é auto-referente e auto-regulada.
Dentre esses princípios, destacam-se: Primazia: quem publica o primeiro artigo sobre o tema, tem o crédito da descoberta (ou da invenção) Avanço do conhecimento: todo artigo científico deve conter um resultado inédito e relevante para a Ciência Reprodutibilidade: todo experimento publicado deve ser replicável por outrem É importante salientar algumas das maneiras em que a ética pode ser ligada a pesquisa. É necessária a análise ética da pesquisa no sentido do respeito ao ser humano.
A pesquisa como um todo, deve respeitar os valores primordiais e secundários do ser humano de forma física, moral e psicológica. O respeito às pessoas e aos seus direitos constitui-se no principal "passo" para o início de uma pesquisa. Uma pesquisa é criada com o objetivo de alguma forma de edificação. Sem o respeito ao indivíduo, não há a base para tal.
Também é preciso verificar, se a maneira como se conseguiu os dados da pesquisa foram feitas de boa fé. Se o pesquisador utilizou-se de algum meio que seja contrário ao que se denomina ética, não se constitui uma pesquisa dentro dos padrões caracterizados como corretos. Há alguns anos atrás, comitês de ética e organizações, definiram os "pecados capitais" da conduta errônea neste meio: mentira, a falsificação e o plágio.
Esses são elementos que o pesquisador deve excluir de sua pesquisa, sob pena de ilegalidade e má fé. A ética deve ser encarada como algo imprescindível e inerente a qualquer pesquisa e a qualquer comportamento do humano. Não é objeto, nem algo que se possa dispensar, mas é um valor tremendo a qualquer postura do indivíduo.